Tudo passa.

terça-feira, 23 de abril de 2013


O amor passa sim.
Primeiro vai se transformando em uma saudade que dói e aperta o peito. Depois a dor vai diminuindo e fica uma nostalgia, uma tristeza até...
Então entramos naquela fase de questão como: amar é sofrer? E decoramos todas aquelas poesias e músicas de amor mal resolvidos ou platônicos.

E gostamos de viver isto. Em parte porque é mais confortável se agarrar a esta tristeza do que encarar os fato de que acabou mesmo e está na hora de partir para outra.
E até que esta fase da nostalgia é gostosinha de sentir (peraí...gostoso sentir esta tristeza?).
Sim. Todo sentir é bom. Todo chorar é bom, desde que tenhamos um mínimo de consciência de aquilo, naquele momento é importante pra lavar a alma e que também vai passar.

Depois o amor se transforma em uma lembrança boa. Que dói ou alegra, dependendo apenas do nosso estado de espírito quando estamos pensando nele. E esta é a melhor fase.
Ao nos entristecer, lembra que ainda temos um coração vivo que foi capaz de amar tanto. Ao nos alegrar, lembra quantas coisas boas já vivemos ao lado de alguém e que a felicidade existe nas pequenas coisas. Depois chega o momento em que não sentimos mais nada. Nos questionamos até se aquilo era mesmo amor.

Acho que esta é a fase mais triste. Mais solitária. ''Então aquilo tudo já passou?''
Mas por outro lado mostra que a vida segue, que nosso coração está livre pra amar de novo, e sentir tudo de novo, se preciso. Porque amar, por si só, já vale a pena.



Autora: Maria Elisabete da Silveira.





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